eu meio que vivi um dos meus sonhos mais antigos e absurdos no último sábado. fui em um show do Hozier!
foi a primeira vez que ele veio pro Brasil e foi em um festival, então o ingresso estava muuuito caro. inicialmente eu não iria, mas trabalhar com a minha mãe durante as férias me deu dinheiro suficiente para conseguir pagar, junto com dois amigos meus. fomos para São Paulo de carro com meus pais e ficamos duas noites na casa do meu avô.
e meu Deus, que dia. ficamos absolutamente destruídos, meu cérebro estava vazio e meu corpo doía em todo lugar no final do festival. mas valeu muito a pena. com certeza nunca vou esquecer a sensação de ouvir um artista que sou fã há quase dez anos cantando algumas das minhas músicas favoritas na minha frente. eu NUNCA vou calar a boca sobre isso
com quatorze anos take me to church era meu alarme para a escola, e nem meus pais aguentavam mais aquela música, enquanto eu nunca me cansei dela . Fiquei obcecada por work song por meses, e até hoje é uma das minhas músicas favoritas de todos os tempos. então não consigo nem começar a descrever o que senti quando o Hozier subiu no palco e eu vi ele tão perto! ele estava bem ali! admiro ele e ouço suas músicas há 10 anos e ele estava bem na minha frente! cantando!!!
fiquei destruída emocionalmente desde o início do show, mesmo que também absurdamente feliz, comecei a chorar em cherry wine e a soluçar violentamente quando começou work song. tive que ter um auto controle absurdo para conseguir parar de chorar e aproveitar o resto da música. gritei tanto, chorei tanto, nunca estive tão feliz como naquele momento.
e é meio maluca a minha relação com música. muitas vezes choro ouvindo minhas músicas favoritas e também choro muitas vezes quando tenho a oportunidade de ver elas sendo tocadas ao vivo (o que é algo muito raro). a música ao vivo é um nível acima, é ver o nascimento, em retrospecto, de anos de emoções que abriram caminho através do meu peito e do meu coração. música me move de uma maneira que não consigo descrever, e toda vez que tenho a chance de ver um show de um artista que amo, faço de tudo pra fazer acontecer.
esse show do hozier mudou um pouco a minha vida, tenho certeza. poder viver este dia, e viver ele com pessoas que amo foi uma espécie de evento canônico. dias se passaram e não consigo parar de pensar nisso, vejo os vídeos toda hora, fico lembrando de tudo, como se tivesse medo de esquecer. tenho medo mesmo, na verdade. momentos felizes como esse são o que fazem a vida valer a pena para mim, apesar de todos os períodos de tristeza e depressão que ando passando nos últimos tempos. mantenho esses momentos seguros junto comigo como se fossem minhas âncoras, me mantendo estável mesmo que à deriva.
é um milagre, o fato de que amanhã não irei trabalhar. minha mãe tá viajando em sp e ia voltar agora na madrugada, mas acabou desistindo por motivos até agora desconhecidos. tudo que sei é que amanhã vou ficar em casa, e isso é tão absurdo pra mim que nem sei o que vou fazer com tanto tempo à minha disposição.
e nem é como se eu não tivesse coisas pra fazer. pelo contrário, tenho várias. mas não me sinto disposta a assumir a responsabildade de nenhuma delas, e isso tá me preocupando.
também ando me frustrando um pouco comigo mesma sobre o neocities. parei de mexer aqui por quase uma semana quando percebi que precisava repensar duas das primeiras páginas que programei, e agora voltei porque precisei colocar no ar minha resenha do mês do clube do livro.
o que ainda me frustrando, no caso, é que eu ando sempre gastando todo o meu tempo livre construindo minhas páginas, feitas para abrigar meus escritos e pensamentos, e não me sobra tempo nenhum para escrever e pensar. aqui e agora, por exemplo, estou me fornçando a continuar escrevendo pois na minha cabeça já estou pensando qual é a próxima página que preciso criar/arrumar. então, se eu não programo nada, não tenho lugar para me incentivar a escrever, e se eu programo tudo, não tenho tempo para escrever, independente do incentivo.
tenho a esperança de que isso vai mudar semana que vem quando minhas aulas voltarem, o que ironicamente significa que terem mais tempo livre, mais tempo sozinha para ler e escrever, fazer o que eu quiser. mesmo assim, sinto que vai ser um ano difícil.
terminar de configurar todas as principais páginas do meu neocities estava sendo um objetivo absurdo para esse feriado, mas acabei conseguindo apesar de tudo!!! apesar de ter percebido que sem pastas tudo fica uma bagunça precisando voltar em todas as paginas para reconfigurar os anexos!!!! ta tudo bem!!!! estou muito satisfeita por nao ter desistido, e estou muito ansiosa para finalmente começar a escrever coisinhas, afinal foi pra isso que quis o site para começo de conversa.
eu acho que acabei de terminar de programar essa página. é a segunda noite seguida que fico acordada até horas absurdas só para poder sentir algum progresso nas páginas desse site.
creio eu que estou tendo essas tendências meio absurdas durante essas férias porque sinto uma necessidade primal de passar a impressão para mim mesma de que estou de fato alcançando objetivos enquanto luto para sobreviver até minhas aulas voltarem. mais tarde talvez eu elabore.
i kind of lived one of my oldest and wildest dreams last saturday. i went to a Hozier concert!
it was the first time he came to brazil and it was in a festival, so veery expensive. i wasn't going in the first place, but my summer break job with my mom gave me enough money to afford it with two friends fo mine. we went to são paulo in a road trip with my parents and stayed in my grandpa's house for two nights.
and oh my god, what a day saturday was. we were absolutely destroyed, my brain was smooth and my body was aching everywhere at the end of the festival. but it was so worth it. i know deep in my heart i will never forget the sensation of hearing an artist i'm a fan of for almost ten years sing some of my most beloved songs of all time in front of me. for real i will NEVER shut up about this
with fourteen years old take me to church was my everyday alarm for school, and even my parents couldn't take that song anymore, but i never got tired of it. i was obssessed with work song for months, and to this day it is one of my favorite song ever. so i can't even begin to describe what i felt when hozier came on stage, and i saw him, so close, so close! he was right there! i've been admiring him and listening to his music for 10 years and he was right there in front of me! singing!!!
i was a wreck from the beginning, started to cry in cherry wine and to violently sob when work song came up. i had to find in myself an insane amount of self-control to be able to stop and enjoy the rest of the music. i screamed so much, i cried so much, i was never more happy than in that moment.
and it is kind of crazy, my relationship with music. i often cry listening to my favorite songs and also often cry when having the oportunity of seeing it played live (it is a very rare thing). live music is a level up, is seeing the birth, in retrospect, of years of emotions that clawed their way through my chest and into my heart. it moves me in a way i can't describe, and everytime i have the chance of seeing an artist i like i take it fiercely.
this hozier concert changed my life a little, i'm certain. getting to live this day, and to spend it with people i love was a kind of canon event. days have passed and i can not stop thinking about it, i see the videos everytime, i keep remebering everything, like i'm afraid to forget. i am, in fact. happy moments like this is what makes life worth living for me, in spite of all the periods of sadness and depression i'm going through recently. holding on these moments like they're my anchors, keeping me afloat.
there is something in my head always telling me to write in english first, for it is more easily translated in my head as a second language user of english. when i write first in portuguese, my mind feels like an elastic about to snap when i have to maybe pass it to english. this is an interesting topic in my head, because this site began as a portuguese thing and my plan was to translate everything to english later, to reach more people expand the community etc (even if i don't participate in the community that much [i want to, but i have difficulties with interacting online!]). but then, the site began to grow, and i'm simply too lazy. i don't want to do it! and it requires a level of energy that i don't always have, or that i just want to put on other things. it will be difficult to find this balance between english and portuguese, and its a balance i already have a complicated relationship with. the thing is: i know that i can speak it. yesterday i took a five minutes walk and went the whole way rambling in english, in pure frustration with myself because! in class i wanted to make a silly little comment, and built myself up to the point of almost having an anxiety attack, just to then let the moment pass and be quiet for the whole discussion. when i got out of class my first instintic was to start speaking, to prove to myself that i could speak what i wanted to! i get so nervous because i speak so fast and i feel soo silly speaking english i don't get why. everyone is speaking it in class like its normal because it is normal!! i'm just too much of an overthinker to be able to act normal about that. it is something i need to work on if i want to survive the process of getting this degree, and its a problem that extends itself on everything in my life that encapsules this pileup of languages.
If i feel like i’m drowning, i don’t want to say it. it feels melodramatic to say anything when it is coming out of my mouth, and i hate it. the fun part of my life, my books, my site, they slip away from my hands slowly as i seem to be incapable of sustaning things for too long. the idea of long term commitment haunts me in more than one way now. i feel like everything will abandon me eventually, my friends, my family, my energy, my will. i’m drowning in lost things, in an ocean of nothing.
and bro how the fuck did i became so relentlessly poetic for no reason at all. i cant for the life of me write one single line in a dry form. if i cant put at least one metaphor in a 4 line paragraph my head will explode.
and of course everything will sound melodramatic in my head. its not even because i was taught from a young age that my feelings arent valid and that what i think its not worth speaking up for. oh yes its not about that not at all